A Bíblia é o nome pelo qual se designa o conjunto dos Livros Santos. Etimologicamente, a palavra “Bíblia” significa o livro por excelência, o livro dos livros.
A Bíblia divide-se em Antigo e Novo Testamento.
Antigo Testamento é a coleção dos livros sagrados que contêm a história da aliança contraída por Deus com Abraão e o seu povo, bem como as condições e leis dessa aliança.
Novo Testamento é a coleção dos livros sagrados que contêm a história da nova aliança contraída por Jesus Cristo com os homens, e sancionada com o seu sangue, além das principais condições e leis dessa aliança.
Segundo o Concílio de Trento, são 73 os livros da Bíblia: 46 do Antigo Testamento e 27 do Novo, os quais, atendendo ao assunto e à forma, podem ser divididos em três classes:
LIVROS HISTÓRICOS, DIDÁTICOS E PROFÉTICOS #
Livros históricos: no Velho Testamento, os cinco livros do Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio; Josué; Juízes; Rute; os quatro livros dos Reis; os dois dos Paralipômenos; Esdras; Neemias; os dois dos Macabeus; Tobias; Judite e Ester. No Novo Testamento, os quatro Evangelhos e os Atos dos Apóstolos.
Livros didáticos: no Velho Testamento, Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Sabedoria e Eclesiástico. No Novo Testamento, as epístolas de São Paulo: aos Romanos, primeira e segunda aos Coríntios, aos Gálatas, aos Efésios, aos Filipenses, aos Colossenses, primeira e segunda aos Tessalonicenses, primeira e segunda a Timóteo, a Tito, a Filemon, aos Hebreus; as duas epístolas de São Pedro; as três epístolas de São João; a epístola de São Tiago; e a epístola de São Judas.
Livros proféticos: no Velho Testamento, Isaías, Jeremias, Lamentações de Jeremias, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias. No Novo Testamento, o Apocalipse.
Os livros da Sagrada Escritura foram sempre considerados como divinamente inspirados.
Leão XIII, em sua encíclica Providentissimus, falando sobre a inspiração, diz: “Foi Deus quem, por sua virtude, excitou os escritores sagrados a escrever. Ele mesmo lhes assistiu enquanto escreviam, de modo que concebiam com exatidão, relatavam fielmente e exprimiam com uma verdade infalível tudo o que Ele lhes ordenava e somente aquilo que lhes ordenava que escrevessem.”
Seguimos a pontuação usada nas edições oficiais da Vulgata Clementina. Embora esta pontuação pareça muitas vezes prejudicar a clareza, todavia, não deve ser modificada por autoridade particular.