Os 27 livros do NT têm uma história ainda mais complexa que os do AT. Na lista de Santo Irineu, uma das mais antigas que se conhece (180 d.C.), estão ausentes a carta de Tiago, 1 Pedro e 2 João. Os 27 livros são reconhecidos no seu conjunto apenas no ano 367 d.C., em uma carta de Atanásio, Padre e Doutor da Igreja. O elenco oficial de todos os livros bíblicos foi confirmado em definitivo nos Concílios de Florença (1431) e de Trento (1546). Os Concílios Vaticano I e II tomaram como suas as declarações de Trento a esse respeito.
O critério principal utilizado para receber os livros sagrados no cânon é a revelação, feita pelo Espírito Santo, e a transmissão pela Tradição apostólica. Quanto aos livros do AT, Jesus e os apóstolos desempenharam papel de primeira importância pelo emprego habitual desses livros. Os livros do AT passaram de Jesus e dos apóstolos à Igreja primitiva. No que diz respeito aos livros do NT, o critério decisivo para determinar a canonicidade foi o fato de terem sido escritos pelos apóstolos e/ou por pessoas ligadas a eles. Podemos acrescentar ainda outros dois importantes critérios: o uso litúrgico antigo e generalizado e a ortodoxia na doutrina.
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